quarta-feira, 18 de agosto de 2010

SAÚDE INDIGNADA: TODOS têm sua importância para o sistema funcionar.

Escrevi o texto abaixo após a vergonhosa votação na Câmera de Vereadores, enviei para a Tribuna e para o Diário de Petrópolis solicitando publicação na carta do leitor, mas até hoje não fui atendida, já que não estamos tendo espaço na imprensa solicito que divulguemos nós, repasse para seu list mail.


Assistimos mais uma demonstração de desrespeito com os servidores públicos e consequentemente com a saúde deste município por parte dos que estão no poder.
O executivo em sua política salarial concedeu, após uma árdua e molhada luta, míseros 5 % aos que ganham acima de R$ 500, e 10,5 % quem ganha menos do que o salário mínimo mas, sem estar na ata de negociação corta covardemente e injustamente o complemento salarial levando o trabalhador de menor salário a uma perda real.
Esse mesmo executivo faz negociação com parte dos médicos em separado, por fora, na surdina, e encaminha para a Câmara projeto de lei concedendo somente a alguns médicos aumentos que elevam o salário para até 7 mil reais. O que acho até pouco para dedicação de 40 h semanais – 8 horas diárias, de segunda a sexta, atendendo, fazendo consultas de qualidade, conversando, examinando, orientando, ensinando, investigando, diagnosticando e tratando com capricho e dedicação o povo que do serviço público necessita.
Não sou contra o aumento dos médicos, mas denuncio veementemente a forma como foi feito, a discriminação e conflito que sua política provoca, pois TODOS os servidores tem importância para atingir o objetivo que é a saúde.
O que mais me revolta foram os argumentos mercadológicos colocados na defesa e na ação imoral deste governo que não valoriza e respeita os que de fato seguram as unidades de saúde.
Esse mesmo governo lava as mãos frente ao caos que está a seguridade de saúde do servidor público (FUNDO de SAÚDE). Como se a saúde do servidor não interessasse ao “patrão”.
Esse mesmo executivo nos mantém obrigados a receber no Banco do Brasil, e nada faz para resolver a perda de R$ 16,00 por mês que o BB tira da mesa de cada servidor público.
Este mesmo governo que não oferece condições de trabalho para atendimento digno a população, nos deixando no exercício da função em situação de constrangimento.
Este mesmo governo que alega falta de grana devido à dívida do governo anterior, mas que em quase 2 anos de mandato não foi capaz de chamar uma auditoria. Não quis investigar. E não deixa claro qual é a verba da saúde, como estão sendo distribuídas, os contratos.... Como se investe tanto em atos que dão manchete de jornal e não tem dinheiro para que seu servidor tenha o mínimo para dignidade.
O que queria o movimento ao comparecer na Câmara era pedir que os vereadores não votassem o projeto antes de haver um diálogo entre a comissão da saúde e o prefeito. Tem perdas a esclarecer e corrigir, tem ganhos injustamente distribuídos, tem PCCS, condições de trabalho, retaliação a servidores que aderiram ao movimento...coisas a resolver, queríamos conversar e claro tentar uma saída para o enorme crise provocada pela própria política que está sendo dada pelo governo. Queremos contribuir para que o executivo proponha projetos de lei que levem em conta a realidade e a justiça.
A Câmara por sua vez nos negou essa possibilidade, pois os vereadores Marcio Muniz, Thomé, Samir, Thiago Damaceno, João Tobias, Wagner Silva e Naval não quiseram adiar a votação por uma semana. Não quiseram apostar numa alternativa negociada entre o Governo e o movimento. Foi lamentável a atitude destes vereadores, que estão ali para nos defender, não só não nos defenderam como não nos deram a oportunidade de defesa e de combate. Negociaram contra nossa vontade a aprovação da lei por uma audiência. Ridículo. Isso revoltou os servidores.
O servidor da saúde não pode deixar a injustiça ser vitoriosa, precisa colocar a boca no trombone e lutar por respostas concretas para que a saúde tenha unidade, trabalho cooperativo, de equipe cooperativo e dê resolutividade ao caos que é a saúde deste município.

O servidor da saúde não pode deixar a injustiça ser vitoriosa, indignação, mobilização, coragem e ir a luta para tal precisa se organizar.
Somos importantes nós é que fazemos a máquina funcionar. Sem TODOS nada funciona.



Ester Mendonça
Assistente Social
Servidora Pública licenciada por força da legislação eleitoral.

Nenhum comentário:

Postar um comentário