segunda-feira, 17 de maio de 2010

Informativo aos profissionais de educação de Petrópolis Petrópolis, 14 /05/2010

A GREVE CONTINUA!

Nessa sexta-feira, 14 de maio de 2010, a comissão dos educadores foi recebida pela secretária de educação e mais alguns membros da equipe da prefeitura na Fundação Frei Memória. Novamente o prefeito Paulo Mustrangi não nos recebeu. Nessa reunião, mais uma vez falamos dos problemas que os servidores da educação vêm sofrendo, mas o que recebemos como proposta foi: “saiam da greve, que nós abriremos um grupo de trabalho para estudar e apresentar propostas para a categoria.” E deixaram muito clara a diretriz do governo: o prefeito, ex-sindicalista, integrante do Partido dos Trabalhadores, afirmou que não negocia com grevistas.
Quando a comissão saiu, encontrou as mil e quinhentas pessoas que estavam fazendo vigília na porta da fundação, ansiosas por receber propostas concretas para resolver o impasse. Quando foram informadas do que aconteceu na reunião, imediatamente começaram a gritar: Greve!, Greve! Greve!. Colocada em votação, a proposta de continuidade da greve ganhou praticamente por unanimidade.
Nesses dois dias de intensa mobilização, reunimos milhares de pessoas nas ruas de Petrópolis. Pelo que nós levantamos, cerca de 90% das escolas estão paralisadas.
Devemos lembrar que diversas iniciativas de grupos de professores e funcionários para levar a insatisfação da categoria foram ignoradas. As tentativas do Sepe de realizar audiência com o prefeito para apresentar propostas para a categoria foram ignoradas. Só quando a categoria foi para a rua é que foi possível colocar a educação na pauta. Agora temos que exigir que a prefeitura apresente propostas concretas para a categoria. Se ele ignorou as tentativas que fizemos, não pode ignorar milhares de pessoas nas ruas, não pode ignorar dezenas e dezenas de escolas e CEIs paradas.
Por isso, é muito importante que todos os profissionais de educação se somem à luta. Se temos 90% de adesão, queremos atingir os 100%. Sabemos o que a maioria das direções vão falar: “vocês vão ter corte de ponto, vocês podem ser transferidas, quem está em estágio probatório não pode fazer greve, vocês podem ser mandadas embora, vocês vão se prejudicar por causa de um movimento que não é legítimo, e que não vai dar em nada.”
Vamos falar para todos: não, nenhum servidor pode ser mandado embora por fazer greve. Se for transferido, ou sofrer qualquer tipo de abuso de autoritarismo, a direção pode ser processada por assédio moral, motivado por perseguição política. Quem está em estágio probatório tem direito, definido em lei, a fazer greve. Se houver corte de ponto, temos que pensar que perderemos pouco agora para conquistar direitos que nos servirão para a vida toda. Esse movimento não é legítimo? Então eles estão dizendo que a categoria não pode escolher seus representantes nem fazer greve. Esse movimento não vai dar em nada? Nós sabemos que uma greve unida sempre conquista vitórias. E eles sabem disso também, por isso estão alimentando as diretoras e a mídia de mentiras para nos desmobilizar. Essa atitude significa uma coisa só: MEDO! Medo da organização da nossa categori a, medo da nossa luta. O prefeito já foi sindicalista, ele conhece a força que tem os trabalhadores organizados em um sindicato de luta.

Fortaleça seu sindicato! Filie-se!
Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro – Núcleo Petrópolis
Rua do Imperador, 866 – sala 202 – Centro – Petrópolis – RJ – CEP 25620-003
Telefone: (24) 2231-4575 – e-mail: sepetropolis@gmail.com

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